domingo, 30 de agosto de 2009
"I Want To Be Wrong"
Let me introduce myself, my name is no concern
The room is filled with superficial voices
As the smoke clears I can see one hundred little lies
Racing to the finish for a consolation prize
I want to be wrong
I wish that I was uncertain just like yesterday
This is not who I am, been planning my escape
So long now that my map looks like a maze
Always on the dark side of a pessimistic moon
Or burning in the sun of what they're saying
If you have the foresight can you read between the lines?
Finger two and four inviting fingers one and five
To be in this song, it's nothing I can shut off
But I think it's my place
To let you know I know that all your plans are fake
And what you give me I could never take
Are you confusing me with someone else you hardly even know?
I'm sitting here observing and more often I am learning
That you are an artist and this is your show... so sing it
I want to be wrong but what did i really think
That this could become real?
Now writing in cliches to learn from my mistakes
But how much of you could anyone take?
Outra das minhas bandas favoritas; já há anos que não procurava saber se tinham algo novo. Hoje procurei e foi o momento perfeito para conhecer esta música. Isto porque, sinceramente, há algum tempo que vivo assustada com a mesquinhez com que me deparo nos vários círculos onde me insiro (ou preferia não inserir). Mentir, fingir, deturpar, camuflar, mascarar, trair... Tudo é praticado como se de um desporto se tratasse e custa-me entender como é que tanta gente consegue conviver, no seu íntimo, com a merda que já fizeram. Ao contrário do que, para mim, seria natural, as pessoas parecem apagar da consciência que não valem metade do que mostram. Que o que os outros vêem nelas é uma imagem habilmente construída pelas suas teias de mentiras, enganos e encantos supérfulos. Desde que a sua imagem seja positiva para o exterior, que sejam atraentes, populares e/ou bem sucedidas, tudo corre às mil maravilhas. A sua auto-estima está preservada; o seu ego não cabe neste planeta de tão inchado. Não interessa quantas pessoas enganaram para chegar onde estão, pois falsear é encarado como fazendo parte das regras do jogo. Nem é concebível para esses seres que alguém siga outros princípios, os honestos. Pessoalmente, não consigo ser assim. Não sei se o quereria ser se conseguisse, mas o que é facto é que não sou – sou brutalmente honesta, até quando posso magoar alguém ou sair a perder. Chamem-me ingénua ou estúpida, que por vezes também o chamo a mim mesma, mas continuo a acreditar que a verdade é sagrada, mesmo quando cruel. Este antagonismo entre os meus valores e os dos que estão à minha volta causa em mim uma certa contradição, na medida em que, por um lado, me sinto minúscula e uma perfeita idiota sempre que vejo alguém a triunfar apenas pelos seus esquemas, quando eu não o conseguiria fazer; e por outro, não deixo de olhar para quase toda a gente com pena, desprezo e a superioridade arrogante de quem sabe que vale mais. De quem sabe que mesmo vivendo só e pouco identificada com os outros, não se engana a si própria e assenta a sua vida em algo verdadeiro, real e com valor, sendo que isso basta para ser infinitas vezes melhor do que os vermes que andam por aí a fazer das suas vidas um teatro de terceira categoria.