Escapando

domingo, 29 de junho de 2008

Enrolaste um novelo de ilusão à almofada em que todas as noites a tua desordenada, desolada cabeça se pousa. Com ele, vais fiando teu tão terno palácio de ouro, palco onde baila lacrimejando a dor que te consome. Roda, rodopia num tumulto inquieto, arrastando-te em devaneios incertos cuja condição única é ceder-te um nicho quente onde te possas abrigar.
Guardaste o infame mundo lá fora, como que não fazendo parte de ti, pois dele esperas somente que te presenteie com uma qualquer mácula sobre a qual sonhar. Observa-lo sagazmente, de pernas vergadas, imóvel e expectante algures onde ninguém te possa sentir, reduzindo a vida e seus enleios a meras minas de quimeras a forjar. Somente aí, no teu refúgio dourado pleno de espaço para falhanços, o externo espectro pode transfigurar-se numa destemida e vívida alma sedenta de actividade. Assim teces tuas tramas vãs, ansiando sentir sonhando a vida que corre, escapando.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

I sense your tears falling
Even when you cover up your face
And while longing for an embrace
Your mouth goes on smiling

If I was your chasing shade
I’d be the ground that’d never fade
The drops those eyes silently draw
I’d willingly soak up them all!

If only…




 
99 Pieces - Templates para novo blogger