terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Maré vaza. Sou acalentada por murmúrios que se opoem ao gelo que me trouxe até aqui. Derreto, qual estátua firme e inerte na sua eterna posição de força. Derretendo, eterna não será. Mas deixará de ser o meu molde de segurança? Temo que sim; anseio pela negação de toda a matéria que já me construiu. Momento, momento de vida... fazei-me largar o gelo. Dai-me o calor de um afago. Trazei-me o sol dos dis de outrém e tornai-o meu próprio nicho. Meu. Meu. Meu. Tornai-o unicamente meu. Ah!, arrogante seja, mas não me dará alento o ser partilhado, o ser que está na estrada de todos que não eu. Deixá-los seguir suas teias que de tão cheias vagas se tornam. A minha será maior. Mais elevada. Porquê? Porque será minha, e de mais ninguém. E chega.
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