terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Saiam! Saiam! Saiam daqui! Chega de palavras banais! Bastam já as construções de ser. Ser, quando cada de nós se mostra ser refugiado num nada, num nada que nos mostra... nada. Chega! Chega, chega... Quero gritar cem vezes chega! Não cabem nestas folhas, são demais para me aconchegar o vazio. Chega, chega! Chega de palavras que não chegam. Já tenho sentidos confinados que cheguem cá dentro. Não há movimento, não há sinfonia. Há ecos de zero. Ecos de um nada que precisa de uma supérfula acção que o disfarce. Sou aqui diferente. Sou aqui um som de revolta que se espelha em páginas. Em palavras. Em nada. Nada! Não! Fervo na falta de sentido que me envolve, envolve, envolve sem que o peça. Não peço, não exijo, não quero que nada me preencha. Não poderia o nada tornar-me cheia. (pausa)
Oxalá pudesse. Desejo que tal se realize, um dia. Que digo? Não quero! Deixem-me Estar em mim. Uma coisa fica certa: serei fiel a mim, não me perderei. Serei eu. Sem mais nada(s)...
Oxalá pudesse. Desejo que tal se realize, um dia. Que digo? Não quero! Deixem-me Estar em mim. Uma coisa fica certa: serei fiel a mim, não me perderei. Serei eu. Sem mais nada(s)...
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