Só dias

domingo, 8 de março de 2009

Correm dias, marcados apenas no calendário onde são riscados, um a um, qual lista de alvos a abater. Inútil lista, esta, pois meus dias mortos nasceram à partida. Para que revivessem, necessário era que soubesse vivê-los. Não o sei, pois ninguém houve que me mostrasse como ressuscitar meu próprio sentir (pudessem cadáveres guiar-se de regresso à vida…). Deparo-me com uma estranha ausência de querer, numa amarga existência cujo suave sabor de dias idos me persegue e atormenta. Findas as descobertas, minha sede do novo esbarrou nas profundas e pálidas paredes de sempre e aí ficou estampada, estática para a eternidade:

Nada é novo, novo é somente o nada que resta.

1 Echoes:

Alice disse...

"...Na tempestade
Madeira e vidro
Saberão como não quebrar

As chamas trinco
No gelo ardido
São formas muitas de te amar
Depois dos cinco.
Sexto sentido
Saberá tudo entrelaçar

É por tudo o que em nós corre
Que se vive e que se morre..."

Lembrou-me.

 
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